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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Luz/Vida/Morte

A peculiar textura da vida,
Molda-se criando caminhos surpreendentes,
Labirínticos,
Inesperados nas entranhas do amago íntimo
De cada ser metamórfico.
Respiramos Vida!
Por isso mais vale vivê-la,
Mesmo que a Morte nos espreite,
De quando em quando.
Devoramo-nos uns aos outros,
Com medo vazio de Luz omnipresente.
Deixá-la ocupar todas as partículas do que existe
É apenas demais...
Mais fácil é ser moribundo,
Do que morrer de tanto ou tão pouco,
Do nada que coexiste com a abundância do É,
Com a ausência do tudo que se suga a ele mesmo
Num acto exacto de ilusão, ou realidade,
Cortante e exasperante...
Cansa...
Arranca a carne mais visceral,
Que também é querida...
Para quê?
Ser, é.
Queremos nós viver?
Ou ter a morte já bem encenada, treinada,
Para sermos verdadeiros campeões em antecipação,
Com objectivos bem definidos, com uma meta a atingir.
É mais prazeroso ir a lado nenhum ou coisa alguma.
Ser coisa nenhuma...
E de repente...

Apenas És!
Vida e Luz...
Ai...
...O Abismo de se viver morrendo...
...Já Morto?

Ruben Marques Jacinto