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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Eu serei

Se eu soubesse de mim
Com o mesmo atrevimento com que vejo os outros
Saberia certamente entender melhor onde estou
E ter como presente, não o que sonhei ou sonho,
Mas a humildade de sentir
Tudo o que me assiste e completa
Sem que tente ser ninguém
Num orgulho inacabado de não suportar a frustração
Das expectativas exortadas à vitória fútil
Do abandono em que propriamente adoeci
Do silêncio de sentimentos que exercitei
Dos vícios a que sucumbi
À indiferença que ao tempo dei
Da força que em mim refutei
Por tudo aquilo por que me perdi,
Mesmo sabendo que nunca era eu ali

Eu serei sempre mais do que sou
Depois de negar o que nunca serei
E me celebrar na originalidade de como vim