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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aquela criança de dez anos

Nunca te foste
pois apenas era tu
quem eu pretendia.
Nunca te fujas,
quando o amor lá estiver.
Sê pessoa inteira,
sem receio de receber,
abandono; porque alguém abandona...
Nada te pertence;
nem mesmo tu,
muito menos eu.
Mas de tanto poderás usufruir.
O tempo acontece,
sem ser preciso contá-lo,
para que tudo seja saboreado sem pressa.
Eu estarei sempre onde for preciso,
desde que também sejas capaz.
Já não quero esperar,
nem viver em ansiedade.
Quero-me muito, demais,
para que combata com armas de outros,
contra inimigos que desconheço,
e manter a esperança,
e encontrar aquela criança de dez anos que perdi;
sei que está viva
e me espera.
Confio agora na sua palavra,
na promessa que me fizera.
Eu é que cresci, sem querer, depressa,
deixei-me levar por o que vulgarmente se ambiciona,
para nunca mais me ser,
até me saber melhor
quando me lembrei dela, como nunca.
Ela, sim, aquela, sonhava,
Eram grandes os seus sonhos,
nunca me desiludiu por outras verdades,
é demasiado bela,
e continua tal qual como a deixei;
alegre,
e persistentemente crente
e pura!

Amo-a!