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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ser livre...



É-me difícil ser livre!
Quanto mais cresço,
mais profundas são as raízes
que se responsabilizam à Terra.
Quando vivo permanentemente a renascer,
negando a morte.
Já não sei se é melhor ter consciência
se ser uma eterna criança
sem memórias,
nem amanhã.

Como pode alguém rejeitar a diferença,
se tudo é desigual?

Pesa-nos o legado do infindo e comum pretérito
sem que se enxergue muitíssimo! Nada!

Só serei livre
quando estiver para além de tudo
e de mim,
e abrir mão do que me prende
e nunca foi meu.