São a esperança do nosso eu mais profundo,
a ponte que liga a outras margens,
onde nunca chegámos, por medo,
ou, chegaremos, naturalmente.
O futuro do ideal, na perfeição a que nos impomos, sem que consigamos,
como se deles fizéssemos as armas de nossa vitória,
a continuidade da presumível essência, que ainda submerge perdida, sem que se saiba,
mesclada pelas personas que mais se destaquem e que até a nós nos enganam.
Vítimas do nosso desassossego,
dominados por uma excessiva protecção, desde sempre,
pelas regras, que os conduzam, também, a um qualquer exercício de poder,
pelo hábito constante dos afectos, que incutimos e de estrategistas rotinas,
como se, a ingenuidade já não nos pertencesse e temêssemos somente pela sua cegueira,
e maturos tivéssemos sempre sido, mesmo perante os conflitos e as derrotas,
e só eles fossem incapazes de, destrinçar o perigo,
sem nós, sobreviver,
ou, não se perder num qualquer oceano do caos,
como se habitássemos em terra firme
e percorrêssemos todos os caminhos com a mesma segurança e certeza.
A responsabilidade que lhes forjamos,
por que outras terão a sua idade e o seu real confronto,
com as normas que, nos foram impostas, reinventámos, mas incumpríveis,
e tão subtilmente também as estendemos, à sua passagem,como se de flores se tratassem,
para que se sintam honrados,quando as pisam suavemente,
mas tão culpados, seja pelo sim ou não, quando fogem a essa delicadeza.
A liberdade.
Não, somente, a que nos roubaram; a de aprender.
Mas hipocritamente também, esta, a deles, desejamos, também tirar-lhes,
ofertando-lhes tudo, prendendo-os... A nada!
Fruto sagrado do amor,
mas mais no que neles, sem querer e por crer,
é em nós, primeiro, que pensamos.
E os mesmos receios que nos impedem de viver,
os definham no crescer e na sorte da feliz descoberta.
Os meus, depois de nós, herdeiros,
aprendizes do bem e de muitos erros que transmitimos,
por que também assim os tomámos,
sem que aprendêssemos a escolher entre silêncio e a revolta.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Urgente
Estou, mais que, morto
de tudo, aqui,
mas ainda me respiro,
por um fio de coragem,
que constantemente me (re)povoa,
por tanto, eu nos querer e acreditar.
Por entre muitas dores de infortúnio,
e mais a vil moeda com que pagam,
há uma leve brisa soprando esperança,
por um outro qualquer lugar,
também daqui,
a quem se ouse ter,
agora, a coragem do protesto,
espalhar na praia, de tantas partidas,
consentindo todas as ondas,
almejando o que de bom,
possa trazer o mar
por ser a terra uma miragem;
esgotada deste fado,
estéril,
um reino, sem reino…
Estou mais que morto
de tudo, aqui,
mas, mais do que eu
é quem se crê bem vivo,
superno
e inextinguível .
Mais do que o fim,
de uns,
é o recomeço,
para todos;
urgente!
E vós, daí,
também podeis ajudar.
Não pergunteis, como.
Quando se quer,
o que, tem de ser,
não é questionável,
estaremos bem mais além
mesmo que só se atinja...
Nunca.
de tudo, aqui,
mas ainda me respiro,
por um fio de coragem,
que constantemente me (re)povoa,
por tanto, eu nos querer e acreditar.
Por entre muitas dores de infortúnio,
e mais a vil moeda com que pagam,
há uma leve brisa soprando esperança,
por um outro qualquer lugar,
também daqui,
a quem se ouse ter,
agora, a coragem do protesto,
espalhar na praia, de tantas partidas,
consentindo todas as ondas,
almejando o que de bom,
possa trazer o mar
por ser a terra uma miragem;
esgotada deste fado,
estéril,
um reino, sem reino…
Estou mais que morto
de tudo, aqui,
mas, mais do que eu
é quem se crê bem vivo,
superno
e inextinguível .
Mais do que o fim,
de uns,
é o recomeço,
para todos;
urgente!
E vós, daí,
também podeis ajudar.
Não pergunteis, como.
Quando se quer,
o que, tem de ser,
não é questionável,
estaremos bem mais além
mesmo que só se atinja...
Nunca.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Não sei quem...
Não sei quem, visto,
me possui e rege,
mostra o abismo e liberta,
ajuda e castra,
se anjo, homem ou mulher,
inocente ou ruim,
rico ou asno,
velho ou recente…
Muitos são,
sem que os admita
e tente contar.
Mas, quantos mais nego,
mais esses em mim estão,
como se fosse menos eu
do que eles,
tivesse de os saber
e vencê-los,
até chegar a mim,
outro que, não este(s),
não sei se me habita
já o futuro como presente,
conquisto a todo o momento
entre reputações e reveses,
temendo e desejando;
sofrendo,
amando.
Por que sem mim, houvera,
a intenção de, ou tê-los sido,
sem que se saiba ao certo,
e quiçá um dia serei eu todo,
também vós
e outros eternamente,
até mais além.
E tudo seja sagrado
por sempre o ter sido,
sem que se engane
e fuja.
É bem mais simples
ser-se
o que se é,
em tudo o que se seja,
para que se seja,
sem que se escute as horas,
(basta o ritmo cardíaco)
e deixar a mente tocar o céu,
como qualquer pássaro,
livre de escolher voar.
me possui e rege,
mostra o abismo e liberta,
ajuda e castra,
se anjo, homem ou mulher,
inocente ou ruim,
rico ou asno,
velho ou recente…
Muitos são,
sem que os admita
e tente contar.
Mas, quantos mais nego,
mais esses em mim estão,
como se fosse menos eu
do que eles,
tivesse de os saber
e vencê-los,
até chegar a mim,
outro que, não este(s),
não sei se me habita
já o futuro como presente,
conquisto a todo o momento
entre reputações e reveses,
temendo e desejando;
sofrendo,
amando.
Por que sem mim, houvera,
a intenção de, ou tê-los sido,
sem que se saiba ao certo,
e quiçá um dia serei eu todo,
também vós
e outros eternamente,
até mais além.
E tudo seja sagrado
por sempre o ter sido,
sem que se engane
e fuja.
É bem mais simples
ser-se
o que se é,
em tudo o que se seja,
para que se seja,
sem que se escute as horas,
(basta o ritmo cardíaco)
e deixar a mente tocar o céu,
como qualquer pássaro,
livre de escolher voar.
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