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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Greve Geral?!


Greve Geral?!
Vão, mas é, trabalhar!...
Como é possível, quando há quem ainda não
esteja suficientemente rico,
à custa da vossa labutação
e tenha já, para roubar, muito mais tempo?

Greve Geral?!
O que ganham com isso?
Nada!
Mas há quem precise do vosso esforço,
para que lhe cresça os lucros
e nada vos sobre!

Greve Geral?!
Vão, mas é, trabalhar,
que o senhor engenheiro vos agradecerá
com mais umas quantas promessas de nãos!...

E viva,
in feliz democracia!
Viva!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Só...


Só por que me feriste no coração,
não me roubarás a alma.

O tempo lava-me de más lembranças,
que (me) saiba(m) perdoar,
para que, me (re)crie, sempre, caminheiro
sem nunca pressentir, por perto,
a loucura do teu desamor,
o ódio de tamanha inveja.

Quem se nega a crescer
será pobre para a eternidade.

Lua, luar


Se o sonho é meu luar,
então, serei Lua,
e salpico os pés de mar,
e deito-me ao comprido
pelo enlevo da noite,
e bato de mansinho
na vidraça de uma janela,
como se a brincar,
fosse ainda menino
e tu, ela.

domingo, 14 de novembro de 2010

É deparvado...


É depravado
declarar-se iluminado,
e denegrir,
compensando-se assim das trevas,
ateando-se ao inferno
do sem fim pequenino.

Cada um tem o céu que conquista.

Que não se fale de amor por necessidade,
mas antes, se o faça, com franqueza.

(In)felicidades!


Bastou um momento infeliz
para que manchasses, para sempre,
a tão desejada felicidade.

Eu perdoo-te,
mas tu, nunca.

É no silêncio
que a culpa nos esmaga.

(In)felicidades!


(Não teria sido "amanhã", mas na tarde de hoje.)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Não (me) consigo...


Não (me) consigo
sair desta parte de mim
a que me entrego,
fugir do que não quero
sem que magoe,
descobrir no que serei
sem que me sonhe,
abater de vez
sem que me repita,
para que ressuscite
inteiro,
sem que me negue
presente.

Sobreviver


Não sei se há gente má,
sei que há boa.
Para se sobreviver
não é preciso tanto,
somente o que nos baste.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Engano


Quanto mais me exibo,
mais (me) (vos) engano,
até que no silêncio da aceitação,
humildemente, me passe despercebido
e cumpra, tão simplesmente,
a plenitude de mim.