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domingo, 13 de junho de 2010

Fujo

Fujo
para pôr fim,
parar,
senão enlouqueço;
é um desmaio.
A terra
e a solidão
fazem-me crescer.
Medito
para não pensar,
(re)educo o crer
e procuro-me
no caminho
e no amor.

Aqui, nasci,
aqui, aguardo
a morte
ou um (re)começo.
Aqui, sou mais eu,
desprendido
de vícios
e de olhares
que me ceguem.
Aqui sou mais de outros
mesmo por (re)conhecer.
E aguardo na serenidade
de minha madrugada
um outro amanhã,
onde vingue o meu sol.