Penso
Penso muito
Sem que quase nunca diga
o que penso
Procuro na razão a razão
Como se a razão me
salvasse
Ou mesmo ela estivesse
salva existisse
E neste emaranhado de
emoções
Dividido entre a indiferença
e a segurança
Construo em dissonância o
enredo
Que sirva à dor de mim
Pontas soltas
Nós apertados
Criando o labirinto onde
me perca
Encontrando o abismo que
me assuste
Calculando o limite
de escoamento que me deforme e em tensão me quebre
Para que me liberte
deste pesadelo da existência
E recupere as
palavras para a minha revelação