segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Há quem se esconda...
Há quem se esconda,
em silêncio,
de suas próprias mentiras,
para se contrariar
à certeza dos outros,
ou exagere,
enaltecendo-se de virtudes,
para, sem querer,
justificar todas as inverdades.
A importância que se dá
ao que fere
e se rejeita,
tem a dimensão
do que está fora de domínio
e por resolver.
Tudo faz sentido,
mesmo quando se age
como nunca, convictamente,
se imaginou.
Preferir o caminho errado,
é morrer em si,
ou não voltar a trás.
Querer quem, cegamente,
se procura,
para que se compense
do que em si jamais sentiu,
faz do predador,
vítima sem posses, falida,
e do infeliz sonhador,
um falso herói;
a inconsistência
de toda a ilusão.
Sem nunca saber hora certa,
do que lhe cabe
e pertence experimentar,
para que não tarda,
crescer,
e ser,
e tudo, em si,
ainda, despertar.